Por negociação e salários<br>na hotelaria e alimentação

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No dia 21, quinta-feira, tra­ba­lha­dores dos sec­tores da agri­cul­tura, ali­men­tação, ho­te­laria, tu­rismo, res­tau­ração e be­bidas das vá­rias re­giões, or­ga­ni­zados nos sin­di­catos da Fe­saht/​CGTP-IN, con­cen­traram-se em Lisboa, na Praça Luís de Ca­mões, nas pro­xi­mi­dades do Mi­nis­tério da Eco­nomia e do Em­prego. Este foi um pro­testo contra o con­ge­la­mento dos sa­lá­rios, quatro anos su­ces­sivos, o roubo dos di­reitos e as más con­di­ções de tra­balho, pro­blemas que atingem um uni­versos de cerca de 350 mil tra­ba­lha­dores, como se re­fere numa in­for­mação da União dos Sin­di­catos de Lisboa. Ao Go­verno foi exi­gido que cumpra o seu dever de pro­mover a ne­go­ci­ação da con­tra­tação co­lec­tiva, em vez de fa­vo­recer o pa­tro­nato que boi­cota a ne­go­ci­ação, não au­menta sa­lá­rios e pre­ca­riza os vín­culos la­bo­rais.

Foi igual­mente re­cla­mada a pu­bli­cação das por­ta­rias de ex­tensão, de forma a que os re­sul­tados das ne­go­ci­a­ções entre em­presas e sin­di­catos se apli­quem à ge­ne­ra­li­dade das em­presas e tra­ba­lha­dores, mesmo que não sejam as­so­ci­ados das or­ga­ni­za­ções sig­na­tá­rias dos con­tratos co­lec­tivos.

Também no dia 21, tra­ba­lha­dores da SUCH (Ser­viço de Uti­li­zação Comum dos Hos­pi­tais), dos sec­tores de ali­men­tação, la­van­da­rias e re­sí­duos, dos dis­tritos de Coimbra, Viseu, Aveiro, Cas­telo Branco e Leiria, fi­zeram greve para se con­cen­trarem, cerca das 11 horas, junto à sede da em­presa, na en­trada prin­cipal do Hos­pital Júlio de Matos, em Lisboa.

No âm­bito da luta na SUCH por au­mento dos sa­lá­rios (re­cu­sados desde 2010), pela re­po­sição de di­reitos re­ti­rados e para que sejam res­pei­tados os con­tratos co­lec­tivos de tra­balho, foi de­cre­tada greve, dia 22, nas can­tinas dos hos­pi­tais de São João, Pedro His­pano, Padre Amé­rico, Va­longo, Ama­rante, Mi­ran­dela, Ma­cedo de Ca­va­leiros e Bra­gança, e nas la­van­da­rias dos hos­pi­tais Ma­ga­lhães Lemos, São João e Vila Real. A luta teve ele­vada adesão e, nos hos­pi­tais de São João, Pedro His­pano, Va­longo e Padre Amé­rico, Ma­ga­lhães Lemos e Vila Real apenas foram ga­ran­tidos os ser­viços mí­nimos, como in­formou o Sin­di­cato da Ho­te­laria e Si­mi­lares do Norte, que de­nun­ciou al­gumas ile­ga­li­dades e ir­re­gu­la­ri­dades pra­ti­cadas pela em­presa para tentar ocultar o efeito da pa­ra­li­sação.

Os tra­ba­lha­dores em greve con­cen­traram-se junto à de­le­gação da SUCH, no Porto, onde uma de­le­gação da DORP do PCP lhes ma­ni­festou so­li­da­ri­e­dade.




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